
A transferência do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de alguém que já faleceu é uma questão que muitos herdeiros ou familiares enfrentam.
Apesar de parecer burocrático, o processo pode ser simplificado quando se conhece as etapas e os documentos necessários. Este artigo vai explicar tudo o que você precisa saber para resolver essa situação de forma prática e eficiente.

Por que transferir o IPTU de alguém que faleceu é importante?
Quando o proprietário de um imóvel falece, a responsabilidade sobre o pagamento do IPTU precisa ser transferida para outra pessoa, geralmente os herdeiros.
Isso não é apenas uma formalidade, mas uma medida fundamental para evitar problemas futuros, como cobranças indevidas, dificuldades na venda do imóvel ou até disputas entre familiares.
Além disso, enquanto o imposto não é transferido, ele continua vinculado ao CPF do falecido, o que pode gerar complicações na regularização do espólio e pendências jurídicas.
Passo a passo para transferir o IPTU de uma pessoa falecida
A transferência do IPTU envolve alguns procedimentos básicos, que podem variar ligeiramente dependendo do município. Confira as etapas principais:
1. Obtenha a certidão de óbito
O primeiro passo é apresentar a certidão de óbito do antigo proprietário. Esse documento comprova oficialmente que o titular do imóvel faleceu, sendo essencial para iniciar qualquer processo de transferência.
2. Reúna os documentos necessários do imóvel e dos herdeiros
Você precisará de alguns documentos tanto do imóvel quanto dos novos responsáveis. Geralmente, são exigidos:
- Certidão de óbito;
- Documentos pessoais dos herdeiros (RG e CPF);
- Comprovante de residência dos herdeiros;
- Escritura do imóvel ou certidão de matrícula atualizada;
- Comprovante de quitação do IPTU (se houver débitos pendentes, será necessário regularizá-los antes da transferência).
Certifique-se de que todos os documentos estão atualizados para evitar atrasos no processo.
3. Regularize o inventário
Para transferir a propriedade e, consequentemente, o IPTU, o imóvel precisa estar incluído no inventário. Este é o documento que define como os bens do falecido serão divididos entre os herdeiros.
O inventário pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial:
- Judicial: Necessário quando há disputas entre os herdeiros ou testamento.
- Extrajudicial: Mais rápido e realizado em cartório, quando todos os herdeiros estão de acordo.
No inventário, será definida a partilha do imóvel e quem será o novo titular.
4. Solicite a atualização do cadastro junto à prefeitura
Com o inventário concluído, os herdeiros devem procurar a prefeitura para solicitar a transferência do cadastro do IPTU. Isso geralmente é feito no setor responsável pelos tributos municipais ou via plataforma online, caso o município ofereça essa opção.
Você precisará preencher um requerimento de transferência e apresentar todos os documentos solicitados.
5. Verifique a possibilidade de isenção ou benefícios fiscais
Dependendo do caso, é possível solicitar isenção ou descontos no IPTU. Por exemplo, alguns municípios oferecem isenção para aposentados, pensionistas ou imóveis de baixo valor. Aproveite o momento da transferência para verificar se o imóvel atende a esses critérios e economize no imposto.
O que acontece se o IPTU não for transferido?
Se o IPTU não for transferido após o falecimento do proprietário, o imóvel continuará vinculado ao CPF do falecido. Isso pode gerar dificuldades em vender, alugar ou regularizar a situação do imóvel no futuro. Além disso, eventuais dívidas de IPTU podem se acumular, causando problemas para os herdeiros.
Dicas para evitar complicações
- Regularize o inventário o quanto antes: Quanto mais rápido você resolver o inventário, mais simples será a transferência do IPTU.
- Organize os documentos: Mantenha toda a documentação necessária em mãos para agilizar o processo.
- Procure auxílio profissional: Se você não souber por onde começar, procure um advogado especializado em inventários ou um contador para orientá-lo.
Transferir o IPTU de alguém que já morreu pode parecer complicado, mas com as orientações certas, o processo se torna bem mais tranquilo. Regularizar essa situação é essencial para evitar problemas futuros e garantir que o imóvel esteja em conformidade com a legislação. Agora que você sabe os passos, não deixe essa pendência para depois!