Com a chegada do inverno em muitas regiões, o consumo de água pode até parecer menor, mas a conta no fim do mês muitas vezes continua alta.
Julho é um mês estratégico para começar a aplicar medidas simples, mas muito eficazes, que podem reduzir o desperdício e gerar uma economia significativa na fatura.
Com pequenas mudanças de hábito e alguns ajustes práticos em casa, é possível economizar até 40% na conta de água. A seguir, você confere cinco dicas comprovadas que vão fazer diferença já na próxima leitura do hidrômetro.
Ajustes no banheiro: o maior vilão do consumo
O banheiro representa, em média, mais da metade do consumo de água de uma residência. É justamente nesse ambiente que estão algumas das maiores oportunidades de economia.
Comece pelo vaso sanitário. Modelos antigos chegam a gastar até 20 litros por descarga. Se a sua casa ainda possui esse tipo de sistema, a troca por caixas acopladas modernas, que utilizam em torno de 6 litros por descarga, pode reduzir drasticamente o consumo.
Caso não seja possível trocar o equipamento, uma solução simples é colocar uma garrafa PET cheia de água dentro da caixa acoplada. Isso diminui o volume de água por descarga sem comprometer o funcionamento.
No chuveiro, a economia também pode ser expressiva. Banhos longos são um dos maiores desperdícios. Reduzir o tempo do banho em 5 minutos já resulta em uma grande diferença na fatura.
Além disso, a instalação de um redutor de vazão no chuveiro, que limita a quantidade de água liberada, contribui ainda mais para o consumo consciente.
Outro ponto importante são os vazamentos. Um pequeno vazamento na descarga ou no chuveiro pode desperdiçar centenas de litros por mês. Por isso, fazer uma vistoria periódica no banheiro é fundamental para detectar e resolver qualquer problema rapidamente.
Cozinha: onde cada gota conta
Na cozinha, o uso da água também exige atenção. Muitas vezes, o consumo elevado acontece por hábitos que passam despercebidos no dia a dia. Lavar a louça com a torneira aberta o tempo todo é um desses comportamentos que podem ser facilmente ajustados.
A orientação é ensaboar toda a louça primeiro e só abrir a torneira para o enxágue final. Além disso, torneiras com arejadores — pequenos dispositivos que misturam ar à água — ajudam a manter a pressão com menor vazão, reduzindo o gasto sem perder a eficiência na limpeza.
Outro cuidado importante é o uso racional dos eletrodomésticos. A máquina de lavar louça deve ser usada apenas quando estiver cheia, para evitar ciclos desnecessários de lavagem e, consequentemente, de água.
Reaproveitar a água da lavagem de frutas e verduras para regar plantas ou lavar o quintal também é uma forma prática de dar um destino útil à água que normalmente seria descartada.
Lavanderia: organização é sinônimo de economia
A lavanderia pode ser uma grande consumidora de água, principalmente quando a máquina de lavar é usada de forma inadequada. Ligar a máquina com pouca roupa ou em ciclos muito longos aumenta o gasto sem necessidade.
O ideal é acumular a roupa suja e programar lavagens completas, aproveitando ao máximo a capacidade do equipamento. Muitas máquinas modernas já possuem programas econômicos, que usam menos água sem comprometer a limpeza. Vale a pena conhecer bem as opções disponíveis no seu aparelho.
Outro ponto relevante é o aproveitamento da água do enxágue para outras tarefas, como lavar calçadas ou molhar o jardim. Existem sistemas simples de reuso de água cinza que podem ser instalados em casa e contribuem bastante para a economia total.
Por fim, verifique regularmente as mangueiras e conexões da lavadora. Vazamentos pequenos, quando somados, representam grande desperdício ao longo do mês.
